20 de mai. de 2010


Quando me pergunto onde isso vai parar, é que percebo quanta vida já passou.
Quanto choro derramei e as vezes que de alegria sussurrei
em seus ouvidos pedindo que nunca me deixasse, que nunca me machucasse.
Quanto medo, senti o aperto terrível na garganta que dá.
As coisas parecem tão sem nexo neste momento.
Mas é só assim que me vejo refletir. O bem e o mau adquirido.
Porque tive de deixar-me ferir para entender que não há por quê?
Por que ferir para perceber que ela pode não mais estar lá?
Para que fugir e se esconder em outro coração?
E entrar nele também só pra dilacerá-lo também...
Se na verdade o que você queria era descobrir seu lugar
No fundo de onde nem devia ter saído?
Isso agora agita minha mente a cada momento de fraqueza...
Isso é excitante, instiga a aventuras, mas  também traz consigo o fantasma da solidão.
O desejo de excluir da minha vida o que sempre quiz é mesmo um desejo ou fantasia decalcada?
Talvez seja apenas ideologia de uma alma rasgada.
Nesse momento me sinto confusa, quanto a uma relação, mas não quanto ao amor...
Ele ainda existe.........
Não deixou de habitar dentro de mim....
Está guardado....Escondido...Amedrontado demais para se arriscar...
E está lá...Simplesmente deixou de morar em você..

Um comentário:

  1. Os budistas têm um ritual de autoconhecimento em que eles mergulham em horas de meditação até encontrar algo que eles julgavam terem perdido há muito.

    Da mesma forma, os primogênitos chineses, segundo a cultura deles, é claro, são perseguidos por um demônio que exige a vida deles como pagamento para a felicidade da família em geral. Nesse caso, há dois destinos: 1º) O menino morre antes de chegar à puberdade; 2º) O menino vence o demônio.

    O interessante nesses dois casos é que o demônio enfrentado não é nada exterior. É algo sombrio dentro da própria alma humana. Talvez o ocidente tenha aprendido a ignorar esse "demônio", ou até mesmo tenha se esquecido dele.
    Os orientais não. Eles "vencem" ele. E vencem quando descobrem que eles sempre estarão juntos. Longe de qualquer maniqueísmo.

    Será que faremos isso um dia com o amor?

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