10 de jun. de 2010


Ele acorda já ouvindo uma voz...Voz de peso e de conhecida distinção.
O peso não vem de grosseria e o timbre nem tão grave é...
Vem do subconsciente dele esta interpretação...
A voz lhe deseja suavemente um bom dia...Ele logo está de pé!

E ele ainda descontente pragueja o dia...A preguiça é a culpada...
Mas e quanto aos anseios de quem atenção lhe dedicara?
Apenas baixa a cabeça finjindo não esperar nada...

Ele nem sabe que razão o fez mudar
e ser tão duro e seco como está
Só sabe que algo lhe falta mas não sabe o que buscar...

Os sonhos existiram, e em algum lugar está guardado...
Agora só olha e sente um frio suor...até o ar seduz
Mas culpa nenhuma cabe, enquanto apenas busca o inesperado...

Em nenhum momento lhe passa à cabeça a voz
Nem a preguiça habita seus pensamentos agora vazios
Ele apenas fecha os olhos e esquece dos nós

Enquanto isso a voz que sussurra agora
Lhe remete a um  doce espasmo
Mas a mente voa, deleita e aflora

Mais tarde ele mente, para si mesmo cria imagens
Acredita e faz juz á figura de linguagem
Ao menos ele não mais recebe a voz com severidade
Agora a mente deixa ele esquecer e ser amante de verdade

O peso só vem pela manhã e tudo começa outra vez
Ele ouve, se repudia e o esquecido é relembrado
Mas relembra com dor e vontade de voltar ao passado
Para que ao menos uma vez ele não faça o que fez

Para que pudesse amar a voz desejando que o dia fosse bom...
Não agir como houvesse de esquecer
E não tivesse de buscar saciedade em outro som

Um comentário:

  1. como sempre vossa senhoria continua incantável na arte de lapidar as palavras.. continua, graças a Deus, não sendo um normótia como 98% da população deste planeta.. pois desenvolve sua sensibilidade e encantamento, na alquimia das palavras.

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