28 de jun. de 2010

“O amor é um acidente esperando para acontecer.”

   
Hoje lendo um texto que provavelmente remete a muitos outros que tenho lido fiquei fascinada com a desenvoltura com que um homem pode transmitir mensagens tão femininas.
    Isso não o torna afeminado em momento algum, e pelo contrário, só mostra o quanto ele deve estar a par de como é ser um homem. Não ser homem no sentido machista da palavras, mas sim, ser um homem real.
    Como é ser um homem destinado a uma mulher. Nenhum em específico e ao mesmo tempo todos.
    Homens de fato são destinados e encontrar alguém...Que os completem; nada de alma gêmea, apenas compatibilidade, encaixe, combinação...pele....Alguém que irá preenche-lo.
    E entre os minutos em que divago não só em leituras como em pensamentos e escritas me perdi em meio a tantas lógicas extremamente notáveis femininas. Tantas pistas que serviriam para qualquer relacionamento, amoroso, casual, afetivo, amistoso...Seja qual for, seria tão mais fácil se nos puséssemos no lugar da pessoa em questão, não para agirmos tal qual seus anseios, mas sim para entender a maneira com que a pessoa agiu.
    Mulheres são mesmo complexas e relacionamento algum poderia desmentir isso. Mas homens também são; Portanto entende-se que qualquer pessoa em convivência com outra é complexamente diferente desde seu primeiro momento. As pistas estão lá, basta enxergá-las.
    Tenho aprendido e compartilhado idéias as quais se não engrandecem por si, ao menos tem representado um papel somatório para o entendimento.
    Descrevendo os pensamentos femininos podemos exemplificar com o filme, “Closer”...afinal toda mulher é detalhada no filme...Até as que não são detalhadas...
    Mulher não deve ser analisada, como quem guarda uma fórmula em um bloquinho de anotação....O que se deve notar é o que há..O que existe naquele momento....Um deslize e se perde toda a essência...E é em meio a alguns destes erros que encontramos o comodismo, a espera...
   É um erro pensar que o outro pode esperar, até porque nós não esperamos....Não estagnamos nossos desejos e nossas ansias porque alguém não pode suprir-nos no momento necessário.
 Não que isso seja uma regra...e não é, mas nossos atos são frutos de nossos anseios e estes frutos de vontades...Logo percebemos que não há regra alguma entre o que fazemos ou o que devemos fazer, nada existe como lógica, nem para a mulher nem para o homem.
    Principalmente mulher....mulher não segue lógica...segue desejo!!!
    Mas pensar que só porque ela não segue lógica queira dizer que ela não tenha lógica é um passo aos abismo que pode levar um homem a mais profunda confusão.O desconhecimento total sobre a alma feminina...
    Superfluo, não conhecer profundamente a alma feminina, de fato poucos homens conhecem, poucas mulheres fazem idéia do que trasparece em seua alma....Mas conhecer sua mulher é mais que apenas saber identificar a ela e suas características...É saber tê-la.
    Gustavo Gitti diz que as mulheres já nascem com esta tal habilidade tão desenvolvida que eles próprios precisariam de anos de doutorado para compreender.
    Alternam rapidamente entre diferentes lógicas e coerências.Contudo, não são incoerentes. Não! Nada mais equivocado. Elas compartilham a coerência dos fios de cabelo: sempre iguais, mas cada hora em uma posição.
    E nos momentos de conflitos os homens podem pensar que apenas nos deixamos levar pela emoção, mas não; mulheres são sensitivas, mas  também racionais a ponto de entender quando as coisas caminham mau...Quando elas veêm o dia-a-dia, os erros, os acertos e erram e acertam, mas eles apenas insistem em esperar que uma hora isso passe...
    O comodismo....Que monstro é esse que torna cada dia refém do outro e cada acontecimento refém de inúmeras consequeências que nem foram ainda entrelaçadas no destido das ações futuras.
    Mulheres agem no presente, e não digo isso apenas por ser mulher e por acordar a cada manhã sem nenhuma espectativa e findar a noite com a sensação de totalidade do dia tal qual tivesse planejado tudo logicamente; me refiro a ação de aproveitamento, de vivência e não estagnação, de não projeção e não dependência do sexo masculino.
    Até as mais e mais dependentes das mulheres têm dentro de si este "carp dien" tatuado.
    Enquanto isso eles apenas observam, mas não se tocam da importância de mudança, de possibilidade de recomeçar ou de simplesmente de trasformas assituações a qualquer momento.A mulher sempre dá abertura para isso, eles só não percebem.
    A questão não é o que ele fez ou deixou de fazer, não são de fato as reclamações o foco de toda a insatisfação, mas sim para onde aponta o coração dela...É possivel satisfazê-la sem sair do lugar, sem exigir grandes gastos, sem carecer grandes esforços senão sua entrega total e íntima.
    As coisas das quais elas reclamam são apenas um fio da meada, são alguns detalhes que só são ditos unicamente para não passarem despercebidos, quando na verdade os fatores culminantes da insatisfação eles jamais aceitariam como racionais.
    É ingenuidade masculida acreditar que as mulheres sejam tão estúpidas como parecem...Elas não querem realmente que eles as ajudem nas tarefas de casa, não querem ser sempre tão implicantes, e não gostam de reclamar sempre a mesma coisa, não gostam de virar para o outro lado a noite na esperança de que o homem se toque...Ela não é tão ruim assim...
    Ela quer cuidado, carinho e presença. Se mantiver essa postura, os pratos ficarão limpos, naturalmente. Cuidado com ela significa cuidado com absolutamente tudo o que a circunda. O quarto, o prato, a casa, a família, a natureza, o mundo. Prato sujo não é muito diferente de falta de amor por ela. Considerar tal afirmação um pouco forçada é um erro.
    Ela não vê segurança, nem nele, menos ainda em sí própria, mas mulher não espera...Mulher é sempre movimento presente, ânsia por amor e abertura. Se não for com ele, será com outro. Isso não as faz infiéis, desmoralizadas, ou traidoras. Elas têm tanta culpa quanto uma música que oferece sua beleza a qualquer um que se aproximar. Nesse meio tempo, enquanto ele e sua lógica esperavam, ela conheceu outro, se apaixonou e fez tudo que queria fazer com ele. Para ela, o amor é sempre amor, vindo dele ou de qualquer cara. Isso faz com que ela o ame e do nada passe a odiá-lo. Se serve de consolo, é uma certeza de que o mesmo vale para o outro cara.
    Quando uma mulher deixa um homem por mais doloroso que possa parecer para ela, é mais para ele... Não que ela valha mais que ele, não se trata de valores, mas de escolhas, e neste caso a escolha dela dói...
    O homem pode se arrepender, pedir para voltar, mas seu espaço já foi preenchido, mesmo que ele se humilhe, ela se tornará cada vez mais implacável, e isso não é crueldade; é fraqueza.
    Porque ela sabe o quanto o amou, ou o ama ainda, ela sabe do quão fácil é ele conseguir tornar-se seu mundo novamente, e infelizmente sabe que ele não sabe.
    Se torna implacável porque mesmo que ele não saiba, as vezes os homens tem essa aptidão, de mexer com os sentimentos femininos sem sequer saber o que estão prestes a fazer, mas não é isso o que ela quer... Ela quer que ele perceba o ponto principal disso, ela quer que ele toque em seu pintimo de forma a quebrar sua armadura, mas que estaja consciente do que está fazendo e não que o faça sem o perceber.
     Para evitar cair em meio ás aptidões automáticas dele, ela desvia, ela se morde, mas se esforça e as vezes até o magoa.
    Ele sem entender como pôde ser tão cruel, e sem entender tanta disparidade entre a mulher dos últimos meses em que ele esperava..E a de agora, então ele apenas se questiona“Tudo bem, eu deixo você ir, mas só me explica o motivo. Por quê? Por quê? Por quê?”. Até se questionar por que...é um erro, poi no fundo ele sabe, só não quer perceber!!!
    Mesmo que ele a veja meses após a ferida ter cicatrizado, e ela parecer receptível eles não percebem-nas ainda, não a conhecem...Não veêm o movimento, apenas a substância, nem a essência, apenas a existência.
    Tanto um deslize pode tornar uma noite maravilhosa em fagulhas de sonhos perdidos, e isso se mostra ridículo até porque ele sabe o certo a se fazer; desta mesma forma apenas uma palavra certa pode trazê-la de volta para sempre. Às vezes uma vida se vai por uma palavra mal colocada. O feminino é esse ser que nos escapa. Sempre que nos agitamos para persegui-lo, voltamos sem nada para casa. O homem feliz é aquele que fica. Às vezes chove, ele se molha. Às vezes vem o Sol e ele sorri.
    Mesmo sabendo das regras, eles vão cair. Feio. Para os homens, sobrou esse papel coordenadas do amor.
   Vocês já devem imaginar que só as mulheres ficam sempre em uma condição de vencedora… Bem, não fui eu quem inventou esse jogo! Para compensar, elas têm TPM, menopausa e celulite.
    Da próxima vez que tudo desmoronar, assista closer. Atente ao que fica. O feminino nunca chega a nos abandonar. Ele se transforma apenas.
   De sua amada nua a quarto vazio, é um segundo. Êxtase e solidão, ambos são um tipo especial de mulher. Algumas sorriem para nós, outras se afastam e levam o Sol.
   Porém se os homens acharem que podem trair, se arrepender, mentir, oscilar, ser curel e abandonar a lógica estão muito enganados... O que fica bonito em mulher transforma o homem em um ser desprezível.    Conforme-se com o feminismo oculto deste. Contente-se em transformar seu pesadelo em jogo.
   E para as mulheres que como eu as vezes pensam que a abordagem possa ser um tanto quanto machisa....Fazer o que...a realidade é nua e crua e para os homens não existe tal coisa. Existe ignorância, lucidez e, nos entremeios, um bando de caras resgatando um ao outro de vários incêndios.
    Só isso. O cara que ler esse post, sair vivo e se casar contigo, esse eu garanto que não será machista.

25 de jun. de 2010

Sirva-se

Foi realizada uma pesquisa onde o tema era:

O que é melhor: CHOCOLATE ou SEXO ?
Para o espanto dos entrevistadores a resposta foi:

CHOCOLATE !
Então foi realizada outra entrevista pedindo para que fossem enumerados os principais motivos.
Confira as Respostas:

O chocolate satisfaz mesmo quando amolece.
Você pode comer chocolate no carro sem ser interrompido pela polícia.
Você pode comer chocolate na frente da sua mãe.
Se você morder com força, o chocolate não grita e não reclama.
Duas pessoas do mesmo sexo podem comer chocolate juntas sem serem chamadas por nomes feios.
Chocolate não reclama que você o comeu muito rápido.
Você pode pedir chocolate à alguém sem levar um tapa na cara.
Chocolate não deixa pêlos na sua boca.
Você não precisa mentir para o chocolate.
O chocolate não liga se você é virgem ou não.
Você pode comer chocolate em qualquer dia da semana.
Um bom chocolate é fácil de se encontrar.
Você nunca é muito jovem, ou muito velho para comer chocolate.
Quando você come chocolate os vizinhos não ouvem.
O tamanho do chocolate não importa, apenas o prazer que ele proporciona.
O chocolate sempre cheira bem.
Não dói comer chocolate pela primeira vez.
Você pode levar o chocolate na bolsa.
Você pode comer chocolate à vontade, que nunca vai engravidar.
Chocolate não transmite AIDS.
Você não precisa usar camisinha pra comer chocolate.
Quando você não quer comer chocolate, você não precisa dizer que está com dor de cabeça.
Se o seu filho vir você comendo chocolate, não vai ficar fazendo perguntas constrangedoras.
Você pode comer chocolates de tipo diferentes e variados sabores, que eles não vão ficar com ciúmes.
Ninguém termina um casamento por falta de chocolate.
Você não precisa tirar a roupa em um dia extraordinariamente frio para comer chocolate.
Chocolate não reclama de pé gelado.
Você não precisa esperar quase uma hora pra comer outro chocolate.


Depois de comer, não precisa ficar abraçado com a embalagem.

24 de jun. de 2010

Desejos


Cansei de mentir para mim mesma, decidi sentir-me leve, deixar acontecer.
As vezes é bom e alivia ter coragem...Ter menos pudor...
As vezes é bom dizer SIM...
Não é que pudor de fato seja para os fracos, mas para quem não sabe o que quer.
Pudor pois é realmente para os indecisos, covardes, ou até mesmo para os amedrontados.
Arrebatados por uma legião de conceitos, preceitos e preconceitos.
Envoltos por valores, rigores, morais e outras mais coisas banais.
O que impedem de ser quem realmente somos e ter a ombridade de assumir nossos desejos.
Não se esconder por de trás da hipocrisia social e do julgamento racional.
Por que é sempre tão mais fácil julgar o próximo.
Por que é sempre menos danoso evitar os motivos que nos levam a querer.
O querer é resultado de alguma vontade reprimida, aprendi há pouco...
O mostrar que quer é o estalo necessário a consumar este querer...
E o resultado de todo este jogo de esconde ou não mostra é que no fim das contas se descobre...
A gente não só descobre coisas avessas às que acreditávamos, como também se descobre enquanto ser humano...Ser pensante.....Ser que sente e não hesita...
" Vou abrir os olhos, perder o medo....deixe os sonhos me levar..." - (Paula Fernandes)

Quiçá, deixar os impulsos me levarem, ou me trazerem de volta a vida....
De volta aos estímulos mais íntegros da essência de um querer....
Não se trata de mostar para o mundo inteiro agora que não quero mais me enganar....
Se trata de mostrar a si mesmo que não carece se enganar....

23 de jun. de 2010

Dia incomum --- Cap 01 by "Unread"

  O dia começava simples como sempre. Ela sempre pegava o mesmo transporte coletivo, sempre ao mesmo horário e sempre com o mesmo destino. Exceto em finais de semana, quando em tempo reservado ao seu descanso ela se dava o direito de não ter de ouvir as vozes da cobrança, da pressão e do autoritarismo ecoando em sua mente a cada passar de hora do dia.
  Naquela manhã em especial os ventos não a incomodavam, pelo contrário a faziam recordar algo que de fato ainda arrancava invisivelmente sorrisos de souslaios em sua face que sequer ela os percebia.
  Ela apenas se recordava de como fora entusiasmante sua noite passada, por mias simples que tivera sido, já era fascinante o fato de haver surgido algo novo, bem contrária às últimas oitocentas noites anteriores.
  Não fazia idéia do quão notável era sua aura, cheia de brilho e de cor e nem  como podia haver agora motivo tão importante que a fizesse viajar. Não sonhava, nem planejava nada, apenas se esvaziava de toda a realidade contida naquela rotina monótona.
  Moça bonita, só não sabia explorar sua beleza, de forma sutil, delicada e simples que se pode ser. Ela preferia se encostrar por detrás de uma falta postura aparente que a tornava quase invisível dentre tantas atraentes mulheres.
  Não percebia como seu rosto tapado pelos cabelos grandes e desgrenhados pelo vento, pois fora simplesmente desembaraçado e largado sobre os ombros, em sua cor clara chamava a atenção...Só reparava na falta do brilho, das bochechas não coradas, da  falta de cor nos lábios, dos poros entreabertos revelando rugas e deformidades comuns.
  Não costumava se envaidecer e menos ainda passar hoas a fio em prol de uma beleza fabricada.
  Em nada se achava atraente, afinal nunca fora como sua amiga Anne que era linda por natureza, esta que crescera consigo era o exemplo de feminilidade sem esforço algum. Parecia até que a natureza em excesso de gentileza gratuita resolvera lhe dar todo encanto na forma mais simples da beleza feminina.
  Ela deu  sinal para que pudesse descer do automóvel, na esperança de correr antes que perdesse ainda a segunda condução. E o fez com destreza, quase como uma pluma atravessou por entre os carros da avenida movimentada de modo que ninguém a teria percebido se não estivessse observando-na especificamente. E ele estava. Ela apenas finjiu não perceber.
  Ele a olhou quase que hipnotizado,  já aguardava a cada segundo  por sua chegada. Sabia de sua rotina pois  há tempos conhecia passo a passo todos os seus caminhos, vinha seguindo-na, e  há dias havia puxado uma conversa qualquer com intuito de conhecê-la.
  Obtendo sucesso na primeira conversa percebeu que viriam outras, e outras em outras manhãs. Assim soube de onde ela vinha, para onde sempre ia e até mudou seu itinerário, de modo a adequar-se a rotina dela.
  Ele gostava do sorriso dela, da sutileza de suas palavras, de sua voz, de seu cheiro, e por tantas outras características dela que agradavam-no ela se tornou tão necessária diariamente para ele, mesmo ela não sabendo.
  Ele sabia tudo dela, ela porém nada sabia dele.  Ele sabia até o número do telefone dela, e às vezes até a telefonava confidencialmente apenas para ouvir sua voz que em gera aos finais de semana não tinha o privilégio de ouvir pela manhã como de costume.
  Ela todavia sem saber que indesejada criatura poderia acordá-la aos fins de semana e nada dizer; ficava frustrada, furiosa e às vezes até praguejava  resto do dia pelo infortúnio.
  Naquela manhã eles se olharam diferentemente das outras manhãs. Ela se recordava quase em meio a um sonho do dia anterior. Por dentro ela sentia uma leveza disforme no estômago algo como uma ânsia incontrolável de correr em volta de si própria. Uma mistura de sensações estranhas e desconhecidas.Não é que desta vez fosse paixão, decerto que não seria, já que ela sabia bem que o que estava sentindo era só uma euforia, ansiedade ou algo parecido.
  O que ela não contava era com a sensação de sentir a cada segundo em que se aproximava daquele que há anos via no mesmo lugar, aos mesmos horários e fazendo as mesmas coisas, como em um estalo de dedos suas extremidades total e rapidamente leves, sem ponto gravitacional algum capaz de suportá-los em base firme. Seu pulsar parecia pular e suas pernas titubiavam no meio fio.
  Seu sorriso se abria involuntáriamente e seus olhos perseguiam aquilo que de fato os refletia naquele momento.
 De encontro a um rapaz, quase o dobro de sua estatura ela caminhava sem deixar transparecer a alegria incontrolável e irracional que sentira ao vê-lo. Ele a fitou novamente com o mesmo sorriso nos lábios e ainda gaguejando desejou-lhe que tivesse um bom dia. Ela o agradecera e paralelamente caminhavam até a estação mais próxima, de onde seguiriam juntos até seus respectivos locai de trabalho.
 Francis era bem aparentado, com seus quase dois metros, já homem formado, porém guardava ainda um certo ar juvenil. Seu sorriso largo em dentes bem formados e grandes em nada poderia ser comparado aos de atores e modelos de TV.  Olhos grandes, de cílios compridos e de cor de mel. Pele clara, e cabelos crespos muito claros, talves por isso usasse os sempre bem, aparados, não tivera a sorte de assemelhar-se a sua mãe ou irmã mais velha entre os irmãos com cabelos menos reveldes, mas ainda assim não eram lá de pouca beleza.
  Não eram como os cabelos de Amara, os quais ele olhava fixadamente. Jogados pelos ombros como ela sempre usava, sem passador, ou tiara, ou laço algum. Era assim também que ele admirava vê-los; na essência de sua cor, das formas de acordo como o  vento fazia os fios voarem e de como cheiravam bem.
  Eram finos e grandes. O mais bonito era ver as ondas que se formavam diante do dedilhar da garota.
  Ela era tão especial que mesmo que não os tivesse tão lindos, para ele não faria diferença alguma.
  Enfim eles se assentaram juntos e como nunca havia acontecido ele repousou sua mão direita sobre a mão esquerda dela, mas ela nem se incomodou. apenas olhou nos olhos dele e ainda sem jeito retirou-lhe a mão tentando buscar entre os pertences que carregava algo que pudesse servir-lhe de desculpas pelo comportamento arredio.
  Ele notou e percebeu que talvez fosse melhor ter mais cautela para não assustá-la. Apesar de não parar de pensar na noite anterior

17 de jun. de 2010

Um pouco de mim....muito a descobrir

Sol em Leão Lua em Câncer






Meu sol se opõe a Júpiter...

Isso me torna eterna contraditória....Lutar contra a maré deve ser lei... Talvez por isso eu me projete a realizar e alcançar o que está fora dos meus limites mesmo sabendo não ser o mais indicado.

É bom trabalhar com as possibilidades que tenho, investindo para crescer e expandir e sendo humilde em relação às coisas que ainda não sei.

O sentimento de impotência diante das coisas só acontece quando não temos consciência do ponto em que estamos e até onde vai o poder que possuímos. A grandeza é algo que se conquista com lucidez e centralização. O único problema é que nem sempre consigo conscientizar-me de como devo conduzir minha vida.

Sinto como se minha personalidade estivesse dividida entre os valores do entusiasmo, da praticidade, da emoção e do pensamento.

Meu fogo as vezes fala mais auto que a estabilidade terrena... E os ventos sopram atiçando cada vez mais esta vontade insana de lutar contras as ondas....Mesmo não sendo calmaria em auto mar...

Parabéns a quem me definiu como a eterna “Alice no país das maravilhas”...a propósito deveríamos aprender mais com o que isso nos diz, enxergar além de uma estória infantil e ater-se aos detalhes de auto valor em vivência.

Meu mundo pose sim, as vezes ser cor de rosa....Mas que mau há nisso? Que mal há em estar feliz enquanto o povo chora, uma vez que eu não os fiz chorar?

Que mal há em olhar para dentro quando os outros colocam tudo para fora?

Que mal há em almejar cada dia mais enquanto a cada dia perco mais um minuto?

Ruim é estar sempre apreensiva, com pedras prestes a serem arremessadas, e com a cabeça em peso constante.

Ruim é não gozar dos benefícios de um sorriso, de uma lágrima ou de qualquer outro gesto de sentimentalismo.

Gosto de sentir os ritmos estalando em minhas veias de cada sensação vivida....

Vou dever? Paciência!

Vou cair? Pode ter certeza que hei de me reerguer!

Vou me machucar? Minhas feridas servem de lição e cicatrizes são provas do esforço e da luta enfrentada!

Mas indiscutivelmente de uma coisa não poderei me queixar...

Vou viver! Cada segundo....dia, mês ano, até que alguém pense que é hora de findar...

De fato fico triste quando me decepciono, mas quem no mundo seria tão forte ou superior a ponto de não se sentir assim?

Mas não há motivos para ligar-me a detalhes que em nada irão me engrandecer quando posso ser melhor.

Gosto mesmo é de sair, ter a visão subjetiva e pessoal do mundo, ampliar horizontes, orientar-me por ideais de busca interna de conhecimento.

Conhecimento este que me leva a estar em paz comigo mesma, saber centralizar minhas energias e extrair o verdadeiro brilho que existe nas coisas e dentro de mim. Assim vejo o mundo, e ele me vê vendo-o!!

É deprimente encontrar-me tateando no escuro, comprando monstros em egos e em orgulhos....

Busco minha intimidade, a magia que sei que há em mim assim como em  qualquer outro ser ...Mas procuro meu encanto...

Ninguém no mundo saberia apreciá-lo melhor senão eu mesma.

Estes pilares são de grande importância em minha vida, necessito de abrigo, lembranças e um ambiente para chamar de meu...

Talvez até minha sensibilidade seja uma das mais fortes e assim, nestas condições me sinto nutrida emocionalmente.

O sonho e a memória são as bases de minha vida!!!

É importante ter o que se lembrar para saber o que buscar.

E as amizades cultivadas me oferecem a estabilidade necessária para não romper os vínculos que se formam em torno dos ideais!!

E mesmo quando me foge a mente a humildade e deixo em mim aflorar a soberba e a vaidade, uma vez que me sinto especial de tal forma a saber o que desejo e conseguir o desejado, ainda assim, em muitas vezes restrinjo meus desejos pessoais em prol do coletivo.E me faço o  bem assim!

Mas esta mesma bondade gratuita traz consigo expectativas amargas por acreditar na obrigação de que vistam a mesma camisa que eu visto...

Mas não deixo de ser idealista e analítica.

E surpreendo o quanto posso, me sinto bem fazendo a mim mesma e aos outros brilhar os olhos em surpresa. É bom ser visionária, ter autenticidade!

Amo a confiança que isso me passa, aguça a sensualidade,  a elegância e os instintos mais profundos de desejos que alguém pode ter.

O diferente é atraente....Me atrai..então é inteligente; e a inteligência é o conhecimento e a pratica do que me faz bem...



“É muito mais difícil aprender a conduzir-se do que pilotar um avião ou domar animais selvagens, porque somos seres complexos e cheios de contradições.”

(Alexis Carrel)

10 de jun. de 2010


Ele acorda já ouvindo uma voz...Voz de peso e de conhecida distinção.
O peso não vem de grosseria e o timbre nem tão grave é...
Vem do subconsciente dele esta interpretação...
A voz lhe deseja suavemente um bom dia...Ele logo está de pé!

E ele ainda descontente pragueja o dia...A preguiça é a culpada...
Mas e quanto aos anseios de quem atenção lhe dedicara?
Apenas baixa a cabeça finjindo não esperar nada...

Ele nem sabe que razão o fez mudar
e ser tão duro e seco como está
Só sabe que algo lhe falta mas não sabe o que buscar...

Os sonhos existiram, e em algum lugar está guardado...
Agora só olha e sente um frio suor...até o ar seduz
Mas culpa nenhuma cabe, enquanto apenas busca o inesperado...

Em nenhum momento lhe passa à cabeça a voz
Nem a preguiça habita seus pensamentos agora vazios
Ele apenas fecha os olhos e esquece dos nós

Enquanto isso a voz que sussurra agora
Lhe remete a um  doce espasmo
Mas a mente voa, deleita e aflora

Mais tarde ele mente, para si mesmo cria imagens
Acredita e faz juz á figura de linguagem
Ao menos ele não mais recebe a voz com severidade
Agora a mente deixa ele esquecer e ser amante de verdade

O peso só vem pela manhã e tudo começa outra vez
Ele ouve, se repudia e o esquecido é relembrado
Mas relembra com dor e vontade de voltar ao passado
Para que ao menos uma vez ele não faça o que fez

Para que pudesse amar a voz desejando que o dia fosse bom...
Não agir como houvesse de esquecer
E não tivesse de buscar saciedade em outro som